terça-feira, 25 de outubro de 2011

Ovelha Dolly



Os clones não chamaram muita atenção durante anos, pois a clonagem restringia-se principalmente a plantas e protozoários. Porém, em 1996, uma notícia marcou a história da genética. O escocês Ian Wilmut, do Instituto Roslin, de Edimburgo, com a colaboração de uma empresa de biotecnologia, conseguiram a proeza de mostrar que era possível a partir de uma célula somática diferenciada clonar um mamífero. Tratava-se de uma ovelha a que deram o nome de Dolly.

O maior feito dos cientistas, foi conseguir que uma célula adulta se tornasse totipotente (célula-tronco) de novo. As células totipotentes possuem a capacidade de se diferenciarem em diferente tipos de células, num processo antes considerado irreversível.

Os cientistas isolaram uma célula mamária congelada de uma ovelha de seis anos de idade e clonaram-a numa cultura com baixa concentração de nutrientes. Com isso a célula entrou num estado de latência parando de crescer. Em paralelo, foi retirado o óvulo não fertilizado de uma outra ovelha de cor escura. Desse óvulo não fertilizado foi retirado o núcleo, transformando-se num óvulo não fertilizado e sem núcleo. Através de um processo de electrofusão ocorreu a união do núcleo da primeira ovelha com o óvulo sem núcleo da segunda ovelha, dando início à divisão celular, isto é, de uma célula em duas células, duas em quatro, quatro em oito e assim por adiante.

Na fase de oito a dezasseis células, as células diferenciam-se formando uma massa de células internas, originando o embrião propriamente dito. O embrião foi colocado no útero de uma outra ovelha que funcionou como “barriga de aluguer”.

A ovelha Dolly, foi o primeiro animal mamífero a ser clonado e a viver até, pelo menos, à fase adulta.

Uma curiosidade: A ovelha Dolly tem esse nome porque foi criada a partir de uma célula da glândula mamária da mãe, e em homenagem aos grandes seios de Dolly Parton

- Por Ana Rita Amaral

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